terça-feira, 30 de agosto de 2011

TIMOR LESTE PARTE 5

TIMOR LESTE PARTE 5

TIMOR LESTE PARTE 4

TIMOR LESTE PARTE 3

TIMOR LESTE PARTE 2

TIMOR LESTE 1 - CAMINHOS DA REPORTAGEM

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

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segunda-feira, 8 de agosto de 2011






Revista Veja Edição 1 627 - 8/12/1999



Irlanda do Norte









Entre inimigos Governo reunindo católicos e protestantes leva esperança de paz à região conturbada







Será que desta vez vai? O processo de paz na Irlanda do Norte deu um salto histórico na semana passada. O novo governo autônomo da província, que tomou posse na quinta-feira, não apenas mistura os arquiinimigos católicos e protestantes. Também inclui guerrilheiros empedernidos, como o ex-comandante do Exército Republicano Irlandês, o IRA, Martin McGuiness, na qualidade de ministro da Educação, e o reverendo Ian Paisley, líder unionista que até outro dia denunciava o acordo de paz como uma rendição ao terrorismo. Está se repetindo em Belfast o fenômeno dos acordos que transformam terroristas em políticos.

As negociações para a formação do governo – que põe fim a 27 anos sob a administração direta de Londres – estavam no limbo desde o ano passado. Isso porque os protestantes, defensores da permanência da província no Reino Unido (que reúne também a Inglaterra, a Escócia e o País de Gales), se recusavam a indicar seus representantes se o IRA não se desarmasse. O acordo renasceu com a promessa do grupo de entregar suas armas até fevereiro do ano que vem. Numa região fragmentada em linhas confessionais há séculos e em guerra aberta há três décadas, ainda é difícil de acreditar. A surpresa é que os 800 anos de conflitos tenham terminado não com a expulsão dos ingleses, como queriam os nacionalistas do IRA, mas com um acordo irlandês-britânico. A Inglaterra protestante invadiu a ilha na Idade Média. O catolicismo serviu como catalisador da identidade nacional irlandesa e da resistência contra a ocupação. A ilha foi partilhada em duas em 1921, com a maior porção transformando-se em República da Irlanda, independente e catolicíssima. Alguns condados do norte, de maioria protestante, se mantiveram como parte integrante da Grã-Bretanha – é o chamado Ulster ou Irlanda do Norte. Nos últimos trinta anos, confinadas em bairros separados por muros e cercas de arame farpado, as duas comunidades trocaram tiros e bombas, com mais de 3.500 mortos.

Num tratado assinado em abril de 1998 (apelidado de Acordo da Sexta-Feira Santa), Londres aceitou um governo autônomo na província. A República da Irlanda, em contrapartida, retirou de sua Constituição o dever de anexar o norte protestante. Ficou acertado também o governo partilhado. Pelo acordo, qualquer nova decisão sobre a soberania na Irlanda do Norte precisaria ser submetida a plebiscito. O católico John Hume e o protestante David Trimble, dois líderes moderados signatários do acordo, até dividiram o Prêmio Nobel da Paz. Em agosto, uma bomba reivindicada por uma facção radical do IRA deixou 28 mortos numa cidadezinha norte-irlandesa. E quase que tudo desanda. É aí que mora o perigo. Para que a paz seja duradoura, não basta que o acordo seja seguido à risca pelos políticos. Em um ambiente de ódios profundos, uns poucos atos de sabotagem são suficientes para pôr tudo a perder. Para complicar, o pacto na Irlanda do Norte não resolve o cerne do conflito – a maioria dos católicos (que representam 38% da população) continua desejando uma Irlanda unida, e a maior parte dos protestantes ainda prefere continuar cidadãos da Grã-Bretanha.