sábado, 14 de novembro de 2009

Chávez lidera nacionalização de empresa americana do setor de petróleo

colaboração da Folha Online
21/05/2009

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, liderou nesta quinta-feira o ato em que o Estado assumiu o controle da instalação americana especializada em compressão de gás Pigap 2, no leste do país, como parte da política de nacionalizar o setor auxiliar à indústria petrolífera.

A empresa desapropriada pertencia ao grupo Williams Companies Inc., que, segundo porta-vozes oficiais, será indenizado e seus trabalhadores não perderão os empregos.

"Trata-se de reverter o nefasto processo de privatização que empreendeu a velha PDVSA [estatal de petróleo venezuelana.]", disse Chávez.

O complexo Pigap 2 fica no Estado de Monagas, 580 km a sudeste de Caracas, e tem capacidade de injeção de 1,5 bilhão de pés cúbicos de gás, que permitem a extração de 167 mil barris diários de petróleo. Não foi informado o valor da indenização paga ao grupo Williams.

"Estamos liberando essa terra e o subsolo. É uma nova etapa de um compromisso cada dia maior com a pátria", afirmou o presidente.

A injeção de gás é uma técnica destinada a fazer com que os poços mantenham a pressão interna e, assim, se possa extrair o máximo de petróleo possível.

No início deste mês, Chávez anunciou que iria expropriar dezenas de empresas do setor petroleiro, depois que a Assembleia do país aprovou uma lei que reserva ao Estado "os bens e serviços ligados às atividades primárias de hidrocarbonetos".

A lei tramitou em menos de uma semana e ampliou o processo de estatização do setor petroleiro iniciado por Chávez, que já implantara o monopólio da PDVSA na exploração e comercialização. A legislação veta às empresas qualquer recurso à arbitragem internacional. Elas só podem recorrer à Justiça venezuelana, fortemente influenciada pelo governo.

Várias das empresas alvo da nacionalização enfrentam problemas de caixa devido aos atrasos de pagamento da PDVSA --algumas não recebem desde setembro. A estatal vem sofrendo com a queda do preço do petróleo, agravada pela transferência de grande parte de seu faturamento para o financiamento dos programas sociais do governo Chávez.

Com Efe e Folha de S.Paulo

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